Em minhas primeiras incursões no mundo da Libras, ouvi uma frase importante: “ser surdo é ser [tratado como] estrangeiro em seu próprio país“. Foi impactante porque arrancou os surdos da invisibilidade deles que havia em mim. Pois hoje, no Angeloni dos Ingleses, dois rapazes, ambos funcionários, conversavam no estacionamento. O brasileiro explicava ao argentino [depreendi da conversa sua nacionalidade], recém-chegado ao trabalho, alguns procedimentos diários. Ele falava tão alto e tão pausadamente que na hora me ocorreu uma analogia óbvia do ditado aí de cima: ser estrangeiro é ser [tratado como] surdo em qualquer país.